Ao lado de uma dieta balanceada, exercícios diários e higiene básica, a vacinação de gatos completa o combo dos elementos primordiais para que seu felino tenha uma vida longa, feliz e saudável.
Todo animal de estimação fica muito vulnerável a bactérias e doenças virais e a vacinação tem o papel de deixar o organismo do seu bichinho pronto para se defender. Ela é também a chave para que eles possam ir a parques, pet shops e conviver com outros animais de forma segura.
A imunização garante a proteção não apenas dos gatos, mas de você e da família toda, pois muitas doenças, como a conhecida e perigosa raiva, podem ser transmitidas para pessoas. Tenha atenção ao calendário, pois se os gatos não completarem o ciclo de vacinas ou se forem vacinados muito jovens, quando ainda tem contato com anticorpos maternos, poderão apresentar problemas futuros caso não tenham suas vacinas reforçadas.
Vermífugo para gatos
Antes da vacinação propriamente dita, a primeira preocupação de todo o tutor deve ser a vermifugação, que irá proteger seu peludinho de vermes. A aplicação deve ser iniciada somente aos 30 dias de vida e repetida após 21 dias. No caso de animais adotados, a primeira dose deve ser logo após o resgate e a segunda também depois de 21 dias.
Após o primeiro ciclo de vermifugação, deve ser realizado um exame de fezes para avaliar se algum verme não foi eliminado e assim escolher uma medicação mais adequada para eliminá-los no segundo ciclo.
E não para por aí. Recomenda-se realizar anualmente ou a qualquer alteração do padrão das fezes, um ciclo de vermifugação.
A frequência vai variar também de acordo com a rotina do gato, pois os que vivem em apartamento ou não saem de casa receberão a dose com menos frequência do que os que mantêm contato com outros animais, terra e demais formas mais propícias de contaminação.
Calendário de vacinação para gatos
Como o calendário de vacinação felina é algo bastante específico para cada um deles, o mais recomendado é levá-lo a um veterinário de confiança. É ele quem definirá o programa adequado, determinando o tipo de vacina e a frequência de administração, de acordo com o estilo de vida e lugar em que vive o felino.
As vacinas consideradas mais importantes e obrigatórias são a antirrábica e a polivalente. Esta última pode ser de três tipos: tríplice (V3), quádrupla (V4) e quíntupla (V5). A diferença entre elas está na quantidade de antídotos presentes em cada e, consequentemente, na relação de doenças que são imunes.
Vacinas protegem meu gato de que?
A V3 protege o animal das seguintes doenças:
- Panleucopenia, que causa alterações no sistema imunológico podendo levar à morte do bichano;
- Calicivirose, que se assemelha a gripe e pode se tornar uma pneumonia;
- Rinotraqueíte, responsável pela maiorias dos problemas respiratórios nos gatos.
Já a V4, além das enfermidades citadas, também inclui imunização à Clamidiose, um tipo de gripe acompanhada de conjuntivite. A V5 inclui todas, mais a leucemia.
Quando começar a vacinação do meu gato?
O calendário de vacinação começa com o gato ainda filhote:
- Aos 60 dias de vida ele recebe a primeira dose da vacina polivalente;
- Um mês depois (90 dias de vida) vem a segunda dose;
- Aos 4 meses (120 dias de vida) ele recebe a terceira dose da polivalente;
- Uma semana depois, a vacina antirrábica deve ser finalmente introduzida.
Um ano após a última dose é feito o reforço anual com uma dose de cada vacina que recebeu quando filhote, ou seja, se ele recebeu a quádrupla felina e a antirrábica, elas serão repetidas (uma dose de cada) todo ano. Antes de reforçar a dose de uma vacina, o veterinário deve fazer exames para saber a real necessidade do procedimento.
Lembre-se: antes de ter seu gatinho devidamente protegido, evite sair com ele na rua ou permitir que ele tenha contato com outros animais. E mais: para que o animal possa receber a vacina, é necessário que ele esteja saudável. Assim, problemas como a diarreia, febre, infecções, vermes, pulgas e carrapatos precisam ser tratadas antes da vacinação.
Controle de pulgas e carrapatos em gatos
A prevenção contra pulgas e carrapatos deve ocorrer mensalmente, com utilização de produtos específicos aprovados para gatos. A prevenção deve ser mais frequente porque além do incômodo dos parasitas, eles também podem causar doenças como alergias, anemia, parasitas intestinais ou de hemácias, entre outros.
Gatos adultos podem tomar vacina?
Muitas vezes, as pessoas adotam ou resgatam da rua um gatinho já adulto. Nestes casos, a primeira atitude a tomar é levá-lo ao veterinário. Caso ainda não tenha sido vacinado, deve-se verificar se o animal está apto para receber a primeira dose. O processo de vacinação deve ser o mesmo, com uma dose contra raiva e 2 a 3 doses das polivalentes, com o mesmo espaçamento entre elas.
Dicas para a vacinação do seu felino
Antes de aplicar qualquer dose de vacina no gato, é preciso ter certeza de que ele está saudável. Se ele estiver com febre ou diarreia, o tutor deve esperar ele se recuperar. Além disso, o animal deve estar previamente vermifugado.
Após a vacina, assim como acontece conosco, os gatinhos podem apresentar algum tipo de efeito colateral. Algumas alterações no comportamento são comuns, normalmente leves e aparecem algumas horas depois da vacinação: ele pode ficar mais lento e desanimado e até apresentar febre, perda de apetite, vômitos, diarreia e inchaço na região onde foi aplicada a vacina.
Redobre a atenção nos dias que sucederem o procedimento. Se os efeitos acima não passarem, entre em contato com o médico veterinário que aplicou a vacina. Geralmente, os efeitos colaterais ocorrem apenas na primeira dose da vacina.
Depois o veterinário já terá conhecimento do organismo do animal para fazer alguns procedimentos de proteção, como a aplicação de antialérgicos.
Um filhote de gato traz amor, alegria, diversão e muito companheirismo. Medicina preventiva é importante para que ele tenha qualidade de vida e longevidade. Assim, além da vacinação de gatos, outros cuidados são importantes com seu filhote. Cuide bem do seu peludinho. Ele, com certeza, agradece!